24 anos do TLL. Festejos em Santo Amaro, Ba.

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Festejo do Lambe-lambe atrai público de Santo Amaro!

A chegada do I Festejo em rede do Teatro Lambe-lambe a Santo Amaro, no último domingo, atraiu a curiosidade dos moradores da cidade. Bastou que os artistas iniciassem as apresentações na Praça da Purificação, para que longas filas se formassem para assistir aos seis espetáculos levados pelo Festejo que marca os 24 anos de criação do Teatro Lambe-lambe. A primeira edição do festejo aconteceu no dia 30 de setembro, no centro histórico de Salvador.

O Teatro Lambe-lambe, feito dentro de uma pequena caixa que lembra os antigos fotógrafos ambulantes, surgiu no final da década de 1980 na Bahia. Desde então, correu mundo e virou uma linguagem teatral que tem atraído especialistas e atores, com lugar de destaque nos maiores festivais de teatro de bonecos.

Toda a magia do fotógrafo lambe-lambe que percorria as ruas tirando fotos no final do século XIX, envolve esse gênero de teatro de bonecos que foi criado para acontecer nas praças e ruas das cidades. Para a bonequeira Ismine Lima, uma das criadoras do teatro Lambe-lambe, esta é uma das suas principais características: “O teatro Lambe-lambe é um encontro que exige sorte e santo-amaropaciência. Sorte para encontrá-lo e paciência para enfrentar a fila de curiosos que se forma para espiar o que acontece dentro da caixa.”

O festejo de Santo Amaro foi realizado pela Associação Nacional dos Titeriteiros do Teatro Lambe-lambe, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Santo Amaro, sob a gestão de Rodrigo Veloso. Presente no festejo, ele teve a oportunidade de conhecer o Teatro Lambe-lambe: “Eu estou encantado, não conhecia essa forma de fazer teatro e Santo Amaro está tendo a oportunidade de conhecê-la. É uma provocação à imaginação de adultos e crianças, não tenho palavras para descrever, é genial”. IMG_0608

O público assistiu aos espetáculos Devast’AÇÃO, de Denise Santos; O Quarto de Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Ismine Lima; Aceso do Arraial, de Ester Brandão; Espacial, de Carol Leite Lima; Pai Francisco, de Marie Assumpção e Gato Malhado e Andorinha Sinhá, de Janice Santos. A ida dos espetáculos ao Recôncavo Baiano é a primeira etapa do projeto da Associação de Teatro Lambe-lambe que pretende levar oficinas de difusão desse gênero teatral, para o interior do estado, principalmente às cidades históricas. Segundo Denise Santos, presidente da Associação, a ideia é capacitar artistas para atuar como profissionais do Lambe-lambe. “Essas pessoas podem ganhar seu sustento com a sua caixa de teatro ambulante porque o lambe-lambeiro é um gestor de seu próprio teatro”. A Associação pretende realizar, no próximo ano, o Primeiro Festival Estadual de Teatro Lambe-lambe. Os melhores trabalhos estarão presentes no Festejo Mundial dos 25 anos do Teatro Lambe-lambe que acontecerá também no ano de 2014.

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Texto: Angela Ribeiro / Fotos: Simone França

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